Estudar e trabalhar nos EUA: entenda qual o visto e confira os passos
Estudar e trabalhar nos EUA ajuda a construir um currículo sólido.
É uma forma de unir conhecimento e experiência que podem abrir portas para muitas oportunidades futuras, até mesmo conquistar vistos americanos que levam à imigração permanente.
Porém, para chegar a esse resultado, é preciso antes entender quais tipos de visto permitem unir essas duas atividades, suas regras e critérios, além de como conquistá-los.
Também não é segredo que as mensalidades não são baratas, especialmente para estrangeiros, o que torna a possibilidade de trabalhar ainda mais necessária.
Assim, as despesas com educação e vida nos Estados Unidos acabam pesando menos no orçamento.
Siga a leitura para descobrir como estudar e trabalhar nos EUA, qual visto é necessário e o passo a passo para conquistá-lo.
Tem como estudar e trabalhar nos EUA ao mesmo tempo?
Sim, tem como estudar e trabalhar nos EUA.
No entanto, é importante entender que o país é muito rigoroso com suas leis de imigração.
Nesse sentido, quebrar as regras pode comprometer o status de estudante e até resultar em deportação.
Por isso, nada de trabalho ilegal para não colocar em risco sua permanência no país, ok?
Sendo assim, você precisará de um visto que o autorize não apenas fazer uma graduação, pós-graduação ou outros tipos de curso, mas também ter um trabalho remunerado no país.
E como o seu objetivo principal é de aprendizado, culminado em diploma ou certificado, essa deve ser sua atividade principal.
Ou seja, o trabalho não deve ocupar a maior parte do seu tempo, nem prejudicar a sua experiência acadêmica.
Além disso, você deve ter autorização de um funcionário da escola designado (DSO) para aceitar uma vaga de emprego.
Por fim, o trabalho deve estar diretamente relacionado à sua área de estudo.
Qual visto permite estudar e trabalhar nos EUA?
Existem três tipos de visto americano que permitem estudar e trabalhar nos EUA.
O principal deles é o visto F-1, conhecido como visto de estudante.
É destinado a estrangeiros matriculados em cursos acadêmicos de nível básico, superior ou de idiomas em universidades ou escolas credenciadas ao programa SEVP.
Durante o primeiro ano de curso, você poderá aceitar empregos apenas dentro do campus onde estuda, em funções na biblioteca, refeitório, laboratórios, livraria, cafeteria, instalações esportivas e dormitórios, por exemplo.
No período letivo, o trabalho é limitado a 20 horas semanais. Já nos períodos de férias, é possível trabalhar em período integral.
Após o primeiro ano acadêmico, é possível se envolver em três tipos de emprego fora do campus:
- Treinamento Prático Curricular (CPT): estágios obrigatórios relacionados ao currículo, durante o curso
- Treinamento Prático Opcional (OPT): trabalho na área de estudos durante o curso ou após conclusão
- Treinamento Prático Opcional (OPT) na área de STEM: para estudantes de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Outra opção é o visto M-1, voltado para estudantes em programas vocacionais ou técnicos.
Embora permita trabalho, ele é mais restrito comparado ao visto F-1, sendo permitido aceitar uma vaga temporária em treinamento prático somente após conclusão do curso.
O trabalho deve ser relacionado ao programa de estudos, tendo o objetivo de ganhar experiência no seu campo vocacional à qual não teria acesso no seu país.
Por fim, há o visto J-1, voltado para participantes de programas de intercâmbio, muitos dos quais unem estudos e trabalho, como Au Pair, trainee e estágio.
Mais uma vez, o trabalho deve estar alinhado com o objetivo educacional do intercâmbio.
Como estudar e trabalhar nos EUA: passo a passo
Para estudar e trabalhar nos EUA é fundamental ter um visto específico que permita essas atividades dentro de determinadas regras e condições.
Isso envolve um processo de seleção em uma instituição de ensino e também de obtenção do visto adequado, garantindo que todas as condições de trabalho e estudo sejam atendidas.
1. Seja aceito em instituição de ensino nos EUA
O primeiro passo para estudar e trabalhar nos EUA é ser aceito em uma instituição de ensino americana que seja credenciada junto ao Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP).
Escolha a instituição que deseja frequentar e, então, participe do seu processo de seleção, que pode incluir ensaio, testes e entrevistas, dependendo do tipo de curso e instituição.
Uma vez aprovado, você receberá da sua escola o formulário I-20 (para vistos F-1 e M-1) ou DS-2019 (para vistos J-1).
Também será necessário pagar uma taxa de inscrição no Sistema de Informação de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVIS).
Com essa etapa resolvida, você pode dar início à solicitação de visto.
2. Preencha o formulário de visto
O processo consular de solicitação de visto começa com o preenchimento do formulário de não imigrante DS-160.
Tenha muita atenção para evitar erros e incluir todas as informações solicitadas.
3. Pague a taxa de visto
Na sequência, pague a taxa referente ao visto desejado.
Veja quanto custa o visto americano.
Sem essa etapa, não será possível dar andamento ao processo.
4. Faça o agendamento
Agende a coleta de dados biométricos (digitais e foto) em um Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) e uma entrevista de visto em um consulado americano.
5. Reúna os documentos
Prepare os documentos exigidos, que incluem passaporte válido, formulário de visto, documento enviado pela instituição atestado que você foi aceito (DS-2019 ou I-20) e comprovante de pagamento.
Também será necessário apresentar provas de que possui condições financeiras de se sustentar enquanto estuda e mora nos EUA, sem depender de um trabalho no país.
6. Realize a entrevista
Realize a coleta de dados biométricos e a entrevista.
Leve consigo o passaporte, o formulário DS-160, a taxa SEVIS paga, o I-20 ou DS-2019, comprovantes de renda e quaisquer outros documentos exigidos.
Esteja pronto para responder perguntas sobre o seu curso, a instituição, o plano de carreira e suas intenções de retornar ao seu país após o curso.
No vídeo abaixo, tem uma super dica sobre a entrevista consular:
E aqui vai uma última e valiosa dica: não faça tudo sozinho!
Uma assessoria de imigração pode guiá-lo em cada passo, facilitando o processo de estudo e trabalho no exterior.
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