Hora de trabalho nos EUA: valor, carga horária e mais informações
A hora de trabalho nos EUA é um tema que desperta grande interesse entre aqueles que consideram uma carreira no país por meio de vistos americanos temporários ou permanentes.
Afinal, estamos falando sobre a terra das oportunidades, que atrai profissionais de todo o mundo.
Dá para morar e trabalhar nos Estados Unidos por um período determinado e até mesmo conseguir um Green Card baseado em emprego.
Se gosta da ideia, o primeiro passo é entender como o mercado funciona por lá.
Os EUA possuem uma estrutura trabalhista bem definida e que se aplica também aos estrangeiros, com regulamentações sobre carga horária, pagamento de horas extras, tipos de jornada e direitos específicos.
É sobre isso que vamos falar a partir de agora.
Continue lendo para saber qual o valor da hora de trabalho nos EUA e outros detalhes da atividade profissional no país.
Qual o valor da hora de trabalho nos EUA?
O valor da hora de trabalho nos EUA varia conforme a região e a indústria.
O salário mínimo federal está estipulado em US$ 7,25 por hora trabalhada, mas cada estado pode definir valores superiores e, inclusive, muitos oferecem vencimentos mínimos mais altos.
Assim, o salário médio fica em torno de US$ 28 por hora, podendo chegar a US$ 50 ou mais, dependendo do tipo de atividade, setor de atuação, empregador, formação e experiência do trabalhador.
Obviamente, profissionais altamente qualificados ganham mais que outros tipos de trabalhadores.
Além disso, estados com um custo de vida elevado tendem a ter remunerações mais altas para todas as funções.
Qual a carga horária de trabalho nos EUA?
A carga horária de trabalho padrão nos EUA é de 8 horas por dia, das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira, com uma pausa para almoço de 30 minutos.
Assim, o turno integral é de 40 horas por semana, totalizando cerca de 2,08 mil horas em um ano (52 semanas), sem incluir feriados ou folga remunerada.
Se forem descontadas as folgas, são 1.892 mil horas trabalhadas por ano
Isso pode variar conforme a área e o tipo de contrato.
Setores como saúde, serviços de alimentação, atendimento ao cliente e construção costumam ter horários flexíveis ou turnos variados, incluindo finais de semana e feriados.
Funcionários em tempo integral recebem pelo menos o salário mínimo.
Ultrapassadas as 40 horas, eles têm direito a compensação extra, que pode ser monetária, no valor de 1,5 vezes a hora normal, ou com folgas correspondentes ao excedente trabalho.
Média de horas trabalhadas nos EUA
Embora a semana de trabalho padrão seja de 40 horas, os trabalhadores americanos excedem regularmente esse número semanal, chegando em média a 47 horas por semana, ou 9,4 horas por dia.
Dados do Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS) indicam que funcionários da indústria de mineração e extração de madeira têm uma carga média de 45,5 horas por semana.
Médicos e enfermeiros frequentemente ultrapassam a hora de trabalho nos EUA, chegando a médias de 50 horas semanais ou mais, especialmente em hospitais e emergências.
Da mesma forma, profissionais de tecnologia e finanças podem ter semanas de trabalho mais intensas, com médias variando entre 45 e 50 horas em períodos de alta demanda.
Já os trabalhos de meio período têm uma média de aproximadamente 24 a 26 horas semanais.
Como funciona a jornada de trabalho nos EUA
Desde o conhecido horário comercial até a flexibilidade de empresas em setores variados, o funcionamento da jornada envolve detalhes que vão além do total de horas de trabalho nos EUA.
A jornada é regulada por leis federais e estaduais que estabelecem normas sobre horários, férias, licenças e direitos trabalhistas.
Jornada padrão
A jornada de trabalho padrão nos EUA é conhecida como “9-to-5” (das 9h às 17h), totalizando 8 horas diárias de segunda a sexta-feira, com um intervalo curto para almoço.
No entanto, vale lembrar que a prática varia bastante dependendo do setor.
Empresas em tecnologia, saúde e varejo, por exemplo, oferecem horários mais flexíveis ou turnos que cobrem as 24 horas do dia, especialmente em hospitais, fábricas e centrais de atendimento.
A maioria dos americanos tem uma jornada de 5 dias na semana, mas setores como varejo, hospitalidade e saúde frequentemente requerem trabalho aos fins de semana.
Meio turno
Não há um número definido de horas para meio período, mas normalmente envolve menos de 30 horas semanais e pode não oferecer os mesmos benefícios de um trabalhador em tempo integral.
Hora extra
Embora não haja um limite máximo fixo de horas de trabalho nos EUA, qualquer atividade laboral realizada além das 40 horas semanais é considerada como hora extra.
A legislação americana, através da Lei de Padrões Trabalhistas Justos (FLSA), determina que os empregados devem ser pagos a uma taxa de 1,5 vezes o valor da hora normal por cada hora extra trabalhada.
O pagamento adequado de horas extras é uma exigência para empregadores e garante que o trabalhador seja justamente compensado por jornadas além do padrão.
Quanto ao número de horas extras, também não existem leis federais que limitem a quantidade anual.
Férias e feriados
Nos EUA, férias remuneradas e licenças não são exigidas por lei federal, o que significa que as empresas têm liberdade para oferecer folgas de acordo com suas próprias políticas.
No entanto, a maioria dos empregadores dos EUA oferece férias remuneradas, mas o número de dias varia.
Em média, os trabalhadores recebem cerca de 10 dias de férias anuais.
Quanto aos feriados, são 11 datas reconhecidas pelo governo americano e os funcionários federais têm direito a todos esses dias de folga.
Demais trabalhadores recebem uma média de 7,6 feriados pagos por ano.
Os mais comuns são Thanksgiving, Natal, Ano Novo, Independência (4 de Julho), Memorial Day e Dia do Trabalho.
Licenças
Não há exigência federal para licença médica paga, embora muitos estados tenham suas próprias leis exigindo que as empresas ofereçam esse benefício.
Já a Lei de Licença Médica e Familiar (FMLA) exige saída não remunerada em certas situações de saúde para funcionários contratados há mais de um ano e que trabalharam pelo menos 1.250 mil horas nos últimos 12 meses.
Essa lei se aplica a empregadores privados com 50 ou mais funcionários.
Benefícios
Os benefícios legalmente exigidos pelo governo federal para funcionários nos EUA incluem Previdência Social, Medicare, seguro-desemprego e compensação trabalhista.
Outros benefícios legais, como licença familiar, licença médica e seguro saúde, aplicam-se em determinados casos.
Muitas empresas costumam oferecer benefícios extras para atrair e reter talentos, como planos de saúde, férias pagas e contribuições para a aposentadoria.
Legislação trabalhista
A legislação trabalhista federal americana é complementada por leis estaduais. Além disso, algumas regiões têm proteções adicionais para os trabalhadores.
A FLSA estabelece salário mínimo, regulamenta o pagamento de horas extras, a manutenção de registros detalhados, a igualdade salarial e protege menores de trabalhos que possam ser prejudiciais ao seu bem-estar.
A FMLA garante até 12 semanas de licença não remunerada por ano em certas situações, como nascimento de filho, problema de saúde grave do funcionário ou familiar imediato que exige cuidados e retorno ao trabalho com mesmo cargo ou equivalente.
A Lei de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) regula padrões em uma variedade de indústrias, incluindo construção, saúde, marítima, petróleo e gás, realizando treinamentos, inspeção, estabelecendo limites e aplicando multas quando necessário.
Se deseja saber mais sobre a vida nos EUA, assista ao vídeo abaixo:
Como trabalhar nos EUA?
Para quem sonha em trabalhar nos Estados Unidos, é essencial obter um visto de trabalho adequado ao perfil profissional e à atividade que será realizada.
Existem vistos de não imigrante, como H-1B, L-1, O-1, H-2A e H-2B, que permitem ao estrangeiro assumir uma vaga temporária, morar nos EUA por um determinado período e depois retornar ao seu país.
E há os vistos de imigrante, como EB-1, EB-2 NIW e EB-3, que permitem aceitar uma oferta de emprego que leva ao Green Card e morar nos Estados Unidos de forma permanente.
Independente do tipo de visto americano, será necessário encaminhar uma petição ao Serviço de Imigração (USCIS), podendo haver dispensa da necessidade de sponsor, seguida de um processo consular.
Seja qual o caminho escolhido, a jornada para trabalhar nos EUA pode ser complexa. Por isso, contar com uma assessoria especializada faz toda a diferença.
A Vollare é uma parceira completa, oferecendo suporte em todas as etapas do processo de imigração, desde o planejamento e escolha do tipo de visto até a aplicação e acompanhamento.
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