Universidades americanas: entenda como elas funcionam e quais os passos para ingressar
Frequentar universidades americanas é uma experiência capaz de mudar a vida de estudantes internacionais, forjando oportunidades de carreira e pavimentando o caminho para uma futura imigração para os Estados Unidos.
Com excelência acadêmica, inovação, estrutura robusta e capacidade de atrair alunos de diversas nacionalidades, as universidades americanas são reconhecidas mundialmente.
Para brasileiros, o ensino superior nos Estados Unidos representa uma oportunidade única de obter uma formação de qualidade, explorar novas culturas e ampliar horizontes pessoais e profissionais.
E para se inserir nesse cenário e aproveitar a oportunidade ao máximo, é fundamental entender como as universidades americanas funcionam, conhecer as que ocupam as primeiras posições em rankings de educação e saber como ingressar em uma.
Então siga a leitura para desvendar o sistema universitário americano, descobrir as mais prestigiadas, aprender os passos para ocupar um lugar nos bancos acadêmicos dos EUA e até como conquistar uma bolsa de estudos.
Como funcionam as universidades americanas?
As universidades americanas possuem um sistema de ensino superior amplamente reconhecido por sua flexibilidade, multidisciplinaridade, inovação e enfoque no desenvolvimento integral do aluno.
Projetado para ensinar habilidades para a vida, o sistema educacional dos EUA prepara seus alunos para terem pensamento crítico, lógico e habilidades de comunicação.
Flexibilidade curricular
A flexibilidade curricular é uma das principais características do sistema americano, permitindo ao estudante explorar diferentes disciplinas antes de escolher um major (área principal) definitivo, personalizando sua trajetória acadêmica.
Áreas de estudos
Nas universidades americanas os alunos escolhem seu major, que é o curso principal e representa a área de estudo em que se especializarão durante a graduação, e seu minor, área secundária que permite explorar interesses fora do campo principal.
Ainda, escolhem a concentration (concentração ou ênfase), que é uma especialização dentro da área principal.
Assim, um estudante pode escolher psicologia como major, história da arte como minor e focar em neuropsicologia como concentration, por exemplo.
Estrutura acadêmica
A graduação nos EUA é chamada de undergraduate e leva geralmente quatro anos em universidades americanas.
Nesse tempo, os estudantes escolhem uma major e um minor, sendo que nos dois primeiros anos cursam disciplinas gerais e nos dois últimos, mais específicas.
Independente da carreira escolhida, os estudantes farão uma variedade de disciplinas fora da sua área de concentração, como história, literatura inglesa e estrangeira, matemática, ciências sociais e naturais.
Já a pós-graduação é chamada de Graduate e inclui programas de mestrado, de cerca de dois anos, e doutorado, que pode chegar até sete anos.
Diplomas
Há três principais tipos de um bachelor’s degree (diploma de bacharelado) nos EUA, BA, BS e BFA.
- Bachelor of Arts (BA): bacharelado em artes, concentrado em humanidades e ciências sociais
- Bachelor of Science (BS): bacharelado em ciências, abrange negócios, matemática, ciências, engenharia, saúde e outros campos de tecnologia
- Bachelor of Fine Arts (BFA): bacharelado em belas artes, como artes criativas, música ou dança
Sistema de créditos
As disciplinas nas universidades americanas são medidas em créditos, e o aluno deve acumular um número mínimo para se formar.
Geralmente, cada uma equivale de três a cinco créditos, de acordo com o número de horas/aula.
Para receber os créditos totais em uma disciplina, não basta cursá-la, é preciso ser aprovado.
Notas
As universidades americanas utilizam um sistema de avaliação diferente do Brasil, combinando notas numéricas, letras e um índice chamado GPA (Grade Point Average).
As notas são atribuídas em uma escala de letras, sendo que cada uma corresponde a um intervalo de porcentagem e a um peso numérico.
O GPA é a média ponderada das notas em letras, convertidas para valores numéricos, e é usado para medir o desempenho acadêmico do estudante em um semestre ou durante todo o curso.
Vida no Campus
A vida universitária nos EUA é rica e integrada ao aprendizado, sendo que as atividades extracurriculares são uma parte central, como irmandades e fraternidades, clubes e até as melhores equipes esportivas de nível universitário do mundo.
Muitos estudantes de universidades americanas moram em dormitórios no campus, participando também de eventos sociais e culturais.
Calendário acadêmico
O ano letivo nas universidades americanas pode ser dividido em semestres, Fall e Spring (outono e primavera), com cerca de 15 semanas cada.
Algumas instituições adotam um sistema de períodos anuais mais curtos, com trimestres ou quadrimestres.
Geralmente o ano acadêmico começa em agosto ou setembro, ao final das férias de verão.
Quais as melhores universidades americanas?
Os Estados Unidos possuem mais de quatro mil instituições de ensino superior e muitas delas figuram nas primeiras posições de rankings internacionais.
Tomando por base o ranking Times Higher Education, as melhores universidades americanas atualmente são:
- Massachusetts Institute of Technology (M.I.T.): com 11 mil alunos, um terço deles é internacional, e dentre seus graduados estão o astronauta Buzz Aldrin, um ex-secretário-geral das Nações Unidas e fundadores da Intel e Dropbox
- Harvard: mais antiga dos EUA, fundada em 1936, possui um sistema de 79 bibliotecas, sendo a maior biblioteca acadêmica do mundo e tem, entre seus formandos, oito presidentes americanos, 158 Nobel, 14 Turning e 62 bilionários
- Princeton: uma das universidades mais antigas dos EUA, integra a famosa Ivy League, e entre seus ex-alunos estão ganhadores do Nobel, dois presidentes americanos, atores, o fundador da Amazon e um astronauta da Apollo
- Stanford: muitos professores, alunos e ex-alunos fundaram empresas de tecnologia e startups de sucesso, como Google, Snapchat e Hewlett-Packard
- California Institute of Technology (Caltech): foco em ciência e engenharia, com muitos graduados de sucesso, incluindo 39 vencedores do Nobel, seis do prêmio Turing e quatro medalhistas Fields.
Na sequência para formar o top 10 estão University of California – Berkeley, Yale, University of Chicago, University of Pennsylvania (UPenn) e Johns Hopkins University.
Se olharmos a classificação mundial, essas mesmas universidades americanas ficam entre as primeiras colocadas, ocupando as seguintes posições, respectivamente: 2º, 3º, 4º, 6º, 7º, 8º, 10º, 14º, 14º (empate entre University of Chicago e UPenn) e 16º.
Como entrar em universidades americanas?
Ingressar em alguma das universidades americanas é um processo desafiador, mas alcançável com planejamento e dedicação.
Comece por pesquisar as universidades que atendem seus critérios, como localização, área de estudo, custos, alinhamento com seus objetivos acadêmicos e profissionais, oportunidades e possibilidade de bolsas de estudo.
Então inscreva-se no programa de seleção, mantendo-se atento ao prazo de cada uma, e esteja preparado para atender a uma séria de requisitos e documentos, como:
- Formulários de inscrição
- Boas notas no ensino médio
- Histórico escolar traduzido
- Proficiência em Inglês, TOEFL ou IELTS
- Carta de recomendação de professores ou empregadores
Também será necessário realizar um exame padronizado, SAT ou ACT, apresentar um personal statement (redação explicando seus objetivos e por que quer estudar naquela instituição).
Ainda, algumas universidades podem solicitar uma entrevista, seja presencial ou online.
Como brasileiro, não basta ser aceito em universidades americanas, você precisará de um visto de estudante (F-1), que envolve um processo consular.
Por isso é importante contar com uma assessoria de imigração que ofereça suporte completo para quem deseja estudar nos Estados Unidos.
Com a Vollare você terá orientação especializada em todas as etapas do processo de imigração.
Universidades americanas que oferecem bolsas para atletas brasileiros
Muitas universidades americanas oferecem bolsas de estudos, sejam elas baseadas em mérito acadêmico, desempenho esportivo ou necessidade financeira, e reservam parte desses programas para estudantes internacionais.
Pesquise essa possibilidade junto à universidade de seu interesse e submeta uma aplicação junto da sua inscrição no processo seletivo.
Há também bolsas de estudos financiadas pelo governo dos EUA, como a Fulbright.