A Carta de Amor ao Imigrante de Ronald Reagan
Em tempos de incertezas e desafios crescentes, histórias de esperança e liderança têm o poder de inspirar e transformar. Os Estados Unidos sempre se destacaram como uma terra de boas-vindas e oportunidades, acolhendo pessoas de todos os cantos do mundo. No entanto, recentemente, temos testemunhado um aumento nos episódios de hostilidade contra imigrantes, um fenômeno que nos obriga a refletir sobre o papel de um líder na sociedade.
O que, afinal, esperamos de um presidente? Para alguns, sua função pode parecer estritamente administrativa: gerenciar as finanças do país e alocar recursos de forma eficaz. Outros podem enfatizar a promoção do desenvolvimento econômico, o incentivo às exportações e ao mercado interno, ou o controle da inflação. E há aqueles que acreditam que o desenvolvimento de políticas sociais inclusivas deve ser a prioridade. Estas perspectivas, embora diferentes, são todas válidas e refletem a complexidade do cargo presidencial.
No entanto existe uma qualidade essencial e muitas vezes subestimada em um verdadeiro líder: a capacidade de unir e inspirar pessoas em torno de uma visão compartilhada, incentivando-as a enfrentar desafios para seu crescimento pessoal e coletivo. É essa habilidade de inspirar esperança e disseminar felicidade que distingue um líder nato.
Neste contexto, é imperativo lembrar a figura de Ronald Reagan, um presidente que não apenas liderou os Estados Unidos com sabedoria e bondade, mas também deixou um legado de palavras que continuam a ecoar em nossos corações. Em um de seus últimos discursos, em 19 de janeiro de 1989, Reagan proferiu palavras que ressoam até hoje como uma “Carta de Amor ao Imigrante”. Veja o discurso na íntegra abaixo.
“Como este é o último discurso que farei como Presidente, acho apropriado deixar um pensamento final, uma observação sobre o país que amo. Foi dito da melhor maneira em uma carta que recebi há não muito tempo. Um homem me escreveu e disse: ‘Você pode ir morar na França, mas não pode se tornar um francês. Você pode ir morar na Alemanha, na Turquia ou no Japão, mas não pode se tornar um alemão, um turco ou um japonês. Mas qualquer pessoa, de qualquer canto da Terra, pode vir morar na América e se tornar um americano.
Sim, a tocha da Estátua da Liberdade simboliza nossa liberdade e representa nossa herança, o pacto com nossos pais, nossos avós e nossos ancestrais. É essa senhora que nos dá nosso lugar especial e grandioso no mundo. Pois é a grande força vital de cada geração de novos americanos que garante que o triunfo da América continuará inigualável no próximo século e além.
Acredito que esta é uma das fontes mais importantes da grandeza da América. Lideramos o mundo porque, únicos entre as nações, atraímos nosso povo — nossa força — de todos os países e de todos os cantos do mundo. E ao fazer isso, renovamos e enriquecemos continuamente nossa nação. Enquanto outros países se apegam ao passado estagnado, aqui na América damos vida aos sonhos. Criamos o futuro, e o mundo nos segue para o amanhã.
Se algum dia fecharmos a porta para novos americanos, nossa liderança no mundo logo será perdida.”
Este texto é um manifesto de esperança e uma recordação de que a liderança verdadeira é capaz de transcender as barreiras políticas e sociais para tocar a alma humana. Em um momento em que os desafios parecem muitos e as vozes de divisão se levantam, a mensagem de Reagan nos convida a renovar nossa esperança e acreditar na força inclusiva que os Estados Unidos podem e devem ser.